sexta-feira, 19 de julho de 2013

[RESENHA] A Sombra do Vento


Título: A Sombra do Vento
Autor: Carlos Ruiz Zafón
Editora: Objetiva
Ano: 2007
Páginas: 399
ISBN: 978-85-60280-09-4
Gênero: Mistério
Avaliação: 5/5












Misterioso, Emocionante e Inesquecível
“Página por página, deixei-me levar pelo sortilégio da história e seu mundo, até que o hálito do amanhecer acariciou a minha janela e meus olhos cansados deslizaram pela ultima página.” (p.11)


Um pai e seu filho andam na rua em plena madrugada em Barcelona, o destino deles era o Cemitério dos livros esquecidos. Um lugar onde se encontravam os mais diversos tipos de livros que foram esquecidos com o tempo e que apenas algumas pessoas conhecem.
“Este lugar é um mistério, [...] um santuário. Cada livro, cada volume que você vê, tem alma. A alma de quem o escreveu, e a alma dos que o leram, que viveram e sonharam com ele.” (p.9)
Daniel Sempere tem 10 anos quando seu pai o levou pela primeira vez ao cemitério dos livros esquecidos e como manda a tradição dos que visitam este lugar pela primeira vez, deve-se adotar um livro, para que ele nunca seja esquecido, e que nunca desapareça. E eis que andando pelas inúmeras estantes de livros nosso jovem se depara com um livro capa cor de vinho.
“Aproximei-me dele e acariciei as palavras com as pontas dos dedos, lendo em silêncio: A Sombra do Vento - Julián Carax”. (p.10)
Ao toque percebeu que aquele livro seria seu, o livro o escolheu assim como ele escolheu viajar por aquelas páginas por horas até o termino da leitura e da noite. Adormeceu e acordou com os pensamentos sobre o seu livro, e decidiu descobrir quem era o autor, quem era Carax e se ele tinha mais livros escritos.  A princípio ele decidiu falar com seu pai, que era dono de uma livraria, ao ouvir o nome seu pai desconheceu o autor e procurou informações ate chamar um de seus amigos que ao ver o livro ofereceu em troca uma boa quantia em dinheiro ao garoto que recusou qualquer oferta na mesma hora. Não vendendo o livro por nada. Só então depois ele soube que o livro e o autor eram um mistério.
“Aquele livro me ensinou que ler poderia me fazer viver mais e mais intensamente.” (p.26)
 Naquele mesmo dia Daniel, conheceu Clara uma garota cega que já havia tido contato com outra obra de Carax, passando desde então boa parte dos anos seguintes com ela, criando um vinculo de amizade tão forte que sem perceber ela acaba sendo sua primeira paixão. Até o dia em que ele descobre que ela tem um caso com o professor de piano, afastando–se dela por um bom tempo. 
“A lei da vida é que mais cedo ou mais tarde ela vai partir seu coração.” (p.61)
Os anos passam e com isso ele vai descobrindo coisas sobre o livro, e se vê em meio a um grande mistério, onde alguém com características semelhantes a um dos personagens encontrado no livro o “demônio”, que misteriosamente está à procura de exemplares da Sombra do Vento e que quando encontra os queima não deixando vestígios de Carax ou de seus escritos em outras obras.

“As pessoas estão dispostas a acreditar em qualquer coisa antes de acreditar na verdade.” (p.361)  

Em meio a vários acontecimentos em um dia de trabalho Daniel vai a faculdade levar umas encomendas a um professor cliente da livraria de seu pai. Ao chegar na sala ele se encontra com uma moça atraente e jovem, e desde então ele começa a nutrir um novo amor em sua vida. E novos acontecimentos sucedem com a leitura do livro, nos deixando cada vez mais apavorados com o fim das páginas.
“Nós só amamos uma vez na vida. [...] embora não percebemos.” (p.334)
Entre varias reviravoltas o caso vai sendo resolvido, as surpresas contidas nele nos deixam a mercê de suspiros tensos e um pavor imenso de acabar o livro que vai nos dominando ao fim de cada capítulo.
“Acho que nada acontece por acaso, sabe? Que no fundo as coisas têm seu plano secreto, embora nós não entendamos.” (p. 199)
Com personagens marcantes e uma história emocionante capaz de tirar o fôlego de qualquer leitor a Sombra do vento é uma leitura obrigatória. Uma obra de grande valor, com o poder de envolver o leitor do início ao fim.
 “Os livros são espelhos: neles só se vê o que possuímos por dentro.” (p. 174)


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