sábado, 11 de maio de 2013

[RESENHA] Desventuras em série – Mau Começo


Título: Desventuras em série – Mau Começo
Autor: Lemony Snicket
Editora: Cia. Das Letras
Ano: 2001
Páginas: 151
ISBN: 85-359-0094-2 

Gênero:Literatura infantojuvenil
Avaliação: 4/5
Skoob













Envolvente, Emocionante e Incrível 
“Há muitos tipos de livros no mundo, o que faz sentido, porque há muitos e muitos tipos de pessoas, e os gostos são diferentes. (p.78)

Três irmãos órfãos, um banqueiro, uma simpática juíza e um malvado conde com sua trupe. Eis que misturando todos eles com um pouco de falta de sorte, uma pitada de maldade e claro muita coragem e inteligência temos o primeiro volume de Desventuras em série de Lemony Snicket.
“Se vocês se interessam por histórias com final feliz, é melhor ler algum outro livro. Vou avisando, porque este é um livro que não tem de jeito nenhum um final feliz [...]” (p.09)
É com estas palavras que se inicia esta incrível historia sobre os irmãos Baudelaire e sua nada fácil jornada. Todas as semanas os irmãos Violet, Klaus e Sunny Baudelaire vão à praia para se distrair e se divertir. Violet é uma menina de catorze anos, com uma inteligência incrível, Klaus tem doze anos é o irmão do meio, um amante dos livros, e claro Sunny a caçula da família, um bebê cuja única defesa são seus dentes afiados. 
É num dia aparentemente normal que suas vidas tomam outro rumo, um rumo inesperado que os deixam a mercê da sorte. Um trágico acidente acontece com os pais deles, deixando as três crianças órfãs. Quem traz a noticia aos três na praia é o Sr. Poe o banqueiro e amigo da família. Que após o acidente fica com eles até ser encontrado algum parente para que os adote e cuide deles até Violet atingir a maior idade e possa administrar a herança com seus irmãos. 

O Sr. Poe finalmente encontra alguém familiar dos irmãos, o conde Olaf.
“Ele era muito alto e muito magro, [...] o rosto estava sem barbear e, no lugar das duas sobrancelhas que a maioria dos seres humanos possui, tinha uma única bem comprida.” (p. 28)
O conde é um ser muito estranho para as crianças alem de ter um aspecto nada comum, por toda a sua casa estão quadros, desenhos e varias ilustrações entalhadas de olhos nas paredes portas e até em seu tornozelo há uma tatuagem a vista das crianças. 
Mas isso não é o pior, na verdade a sorte dos pequenos órfãos fica a mercê das desgraças e das ordens que o conde deixa aos três todas as manhãs escritas na mesa junto ao café da manhã das crianças frio. Desde o inicio que conheceram o conde os irmãos Klaus e Violet e até a pequena e inocente Sunny (que nos encanta a todo o momento) perceberam o que realmente o conde deseja é a herança que seus pais deixaram após o acidente. 


Eis que numa manhã algo está errado, os três são surpreendidos por um acontecimento incomum. O próprio conde está com a mesa pronta para os três com as tigelas de mingau de aveia quente e com framboesas frescas a espera das crianças todo cordial e simpático, algo que não é normal pelo quanto que eles o conhecem. Os três ficam suspeitos com a cordialidade, e então Olaf fala que a sua intenção é que eles participem de uma peça teatral que sua companhia vai realizar. 
“Bem, disse o conde Olaf com os olhos faiscando animadamente, a peça se chama O casamento maravilhoso [...] daremos um único espetáculo [...] é sobre um homem maravilhoso que se casa com a jovem e bela mulher que ele ama, diante de uma multidão.” (p.72)
A partir disso muitas coisas que pareciam ser fáceis se tornam difíceis para os três irmãos. As coisas nem sempre são as mesmas Klaus, Violet e a pequena Sunny passarão por provações até o dia da peça teatral, e encontrarão com muita insistência e determinação as respostas sobre o que o conde Olaf conspira. A única solução é irem até a biblioteca particular da Juíza Strauss, e tentar através dos livros e buscar as respostas para o que os aguarda. 

“Os jovens Baudelaire tinham um incentivo um pouco diferente para ler esses livros, é claro. Seu incentivo não eram rios de dinheiro, e sim impedir o conde Olaf de cometer algo horrível que lhe permitiria ganhar rios de dinheiro.” (p.79)
Muitas reviravoltas acontecem nesse primeiro volume, é incrível como o autor nos prende totalmente a história mesmo tendo avisado desde o inicio que está jornada não terá um final feliz. 
Definitivamente este primeiro volume de Desventuras em série intitulado de “Mau começo” deixou-me com aquela vontade de querer desesperadamente ler o próximo volume e com aquela insaciável sensação de que tudo o que os três têm é um destino incerto e trágico pela frente. 
“Os Baudelaire ficaram bem juntinhos para enfrentar o ar frio da noite, e continuaram acenando pela janela traseira.” (p. 147)

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